Aqui em casa estamos espeitando MUITO as regras de prevenção
contra o coronavírus. Higienização de tudo o que vem de fora, mãos lavadas,
calçados e roupas “de sair” separados, banho ao voltar da rua, álcool em gel
para uma limpeza rapidinha e pros itens do supermercado, água e sabão pras mãos
e não-encosta-em-mim-que-eu-tô-sujo-da-rua!
Tenho dois filhos: uma menina de cinco e um bitelão de 11. Sempre
dou a real pra eles; logo, COVID 19 não é um dodói, esse treco mata. Tenho 60
anos e diabetes. A artrose (resultado de toooda uma vida de muito esporte e
muita dança, forçando sempre mais do que deveria) garante o sobrepeso. Daí,
papai avisa, se vocês pegarem esse troço, podem matar o papai, ok? Eles
entendem direitinho. Só que andam descalços em casa, não há meio (pacífico) de
colocarem um chinelo; de lavarem as mãos antes das refeições sem ordens e
ameaças; quando encontram alguém precisam ser contidos à força etc.
Como não são muito diferentes das crianças das mesmas idades,
pergunto: COMO imagina-se controlar um bando de crianças (pode chamar de
“classe”), em sua volta à escola, ao verem o ambiente e toooodos os colegas e
professoras e funcionários e tanta gente querida, após quase UM ANO de
“confinamento”?
Estamos em 24 de janeiro de 2021. Falaram de voltar dia 1º
de fevereiro. Já adiaram para 08 de fevereiro... porque o raio da pandemia
recrudesceu! A imunização NÃO terá atingido um número razoável antes de agosto
deste ano, aproximadamente (estou sendo otimista).
Não gostaria de morrer deixando a culpa da contaminação pra
uma de minhas crianças – só porque alguém não tem coragem de bancar uma decisão
firme.
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