Páginas

22/05/2021

Um chega-pra-lá num sábado chuvoso (sai, depressão!).


Alguns amigos (já do lado errado dos cinquenta anos), diante do quadro sombrio deste país, estão desanimando, perdendo as esperanças de dar aquele salto qualitativo em suas vidas. Temos ideias e projetos em comum; infelizmente, os perrengues políticos e econômicos desta Terra de Santa Cruz nos impedem de ver a coisa florescer. Neste sábado chuvoso, baixou um tom depressivo geral em nosso grupo de zape. Aí, eu parei de escrever um texto enorme que tenho que entregar e mandei essa mensagem pra eles. Por ser amigo, claro; por ser sócio, evidentemente - mas, sobretudo, porque eu acredito MUITO nisso tudo aí. E, por essa razão, resolvi registrar isso aqui. É isso, bem simples: 

Senhores, não é uma questão de otimismo de minha parte, mas qual é a opção? 

Lembram-se da fábula dos dois ratos que caíram, cada um, em um balde de leite. Ambos tentaram nadar; mas, não conseguiam sair. Um desistiu e logo afogou-se. O outro insistiu em nadar, mesmo que estivesse, apenas, se debatendo em círculos. E tanto se debateu que a nata do leite foi virando manteiga, solidificou-se e ele pode escapar. 

Não é "polianismo" de minha parte. Li numa peça de Millôr Fernandes uma citação (que nunca encontrei em lugar nenhum, acho que ele inventou, mas acho ótima), que virou uma espécie de lema pra mim. Numa batalha, um sargento veio avisar: 

- Comandante, o inimigo nos cercou!! 

E ele, sacando o sabre, respondeu: 

- Então, não deixemos que escape!!

Estamos em torno de um projeto desde 2019 ou mais. Não deu certo até agora, mas sabemos que FUNCIONA. Uma hora a gente descobre o jeito de avisar pro mundo e vamos encher o órgão sexual traseiro de grana.  

Sei que desanima, mas um tem que ajudar o outro a seguir em frente. Todos temos algum ganha-pão. Não desistamos dele, até nossas alternativas de sucesso vingarem. 

Acho que é isso. Ainda não bebi nada, só café. Tenho que voltar pra roça. Meu leite ainda não virou manteiga, mas VAI virar. E o inimigo, que pensou em nos cercar, começa a ver que - talvez - não tenha sido uma boa ideia. 

Beijos