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30/10/2013

FESTEJANDO O "RALOUÍMEN"




vem aí, novamente, o ralouímen.

sou mais saci. MESMO. apesar de eu ter nascido na maior região metropolitana do brasil, ele faz parte de minha cultura, de minha identidade: era o saci quem fazia tranças na crina do cavalo do meu avô, em são bernardo do campo, sp. todo mundo sabia disso, acontecia em toda parte. (não, não foi no século 12. seu antônio morreu em 1965)

se você disser que isso não quer dizer nada pra você, mas o jéqui-abóbra, sim, porque... porque... bem, porque é “legal”!, tenho algo a te dizer: tiraram uma parte das possibilidades culturais próprias de tua gente (pois não iam vender no mundo todo) e, no lugar, puseram algo que é conhecido (e, mais importante, vendido!) em todos os lugares (em que chega o cinema norte-americano e suas séries de tv). só que eu sei de onde surgiram (e porque) o boitatá, o curupira, o saci. nada de genial nisso, ao contrário: eram as histórias que se contavam quando éramos uma comunidade que se conhecia. e o dono da loja de 1,99, repleta de quinquilharias ralouimenísticas, não vai saber dizer o que são estas ou o porquê da existência delas. mas, alguém já viu numa tela de cinema ou tv. usada por personagens “legais”.

ano passado, houve até quem levantasse as raízes celtas do povo/cultura luso-brasileiros, bem como a velha religião, pré-cristã, antepassada da atual wicca; tudo isso pra justificar a festa. pode curtir o que quiser, só não precisamos ser hipócritas: ninguém fala “gostosuras ou travessuras” por saber de seus antepassados celtiberos ou  por ser seguidor de druidas ou modernas- feiticeiras-mantendo-as-tradições. o pessoal quer imitar o que viu na telinha ou na telona e pronto.

o que nos leva a: “mas, que cara chato! o que você tem contra uma festa! deixa o pessoal se divertir! a vida já é tão dura”. bem, não tenho nada contra festas (mentira, tenho sim, contra várias – mas, isso é uma briga nova). e que sou chato, ora, sou o primeiro a afirmar isso. só que a razão é simples: chato – ou o tipo de chato que assumo ser – é quem não aceita ser enganado. repare como qualquer pessoa que atrase uma fila, pois exige seus cinco centavos de troco, é logo tachada como... chata! qualquer um que queira discutir todos os pontos de um problema, até se chegar a um resultado final, não passa de um... chato! quem acha um atraso usar o termo “customizar” (que é, obviamente, muito mais “legal”!) no lugar de “personalizar” é um... chato. entendeu que chato eu sou?

então, não vou embaçar a festa de ninguém. divirtam-se! só acho bobo. é como uma criança que sai pela casa usando os sapatos do papai ou da mamãe. está apenas imitando, tentando ser quem não é. aqueles sapatos não são para ela. os dela virão, a seu tempo e com a cara/características da ex-criança, então adulta.

sou saci para saber quem sou.

08/09/2013

tenha a santa paciência...!



olha só, que coisa:
 
resolveram promover um encontro de ruivas, na av. paulista, sp, neste domingo, 08/09/2013. só fiquei sabendo hj, pela internet. pra quem quiser saber mais, clique AQUI

em uma postagem na minha página do facebook eu ia brincar com  a informação, dizendo que a ideia não era nova, aparecera numa aventura de sherlock holmes, em 1891, no conto "a liga dos cabeça vermelha", que pode ser conferido AQUI.

era só uma brincadeirinha. mas, perdeu a graça, quando encontro um comentário que associa "encontro de pessoas ruivas" a "encontro de pessoas ricas". e lhes chama a atenção para o fato de que é preciso refletir sobre a seriedade de um encontro desse tipo, nessa sociedade, nesse contexto. pelamordedeus!!! leia o treco AQUI.

nesse caminho, concluiremos que se pessoas usam óculos, provavelmente lêem; se lêem, receberam educação; são, portanto privilegiados, burgueses usufruindo da miséria do povo; logo, devem ser mandados para os trabalhos forçados no campo, por crime contra o povo.

antes que pense que deliro, apenas descrevi coisas ocorridas no cambodja (ou kampuchea), durante o governo de pol pot (1975-1979). veja AQUI , AQUI , AQUI
e AQUI.

é de lascar...





09/07/2013

9 DE JULHO!

 

hoje é nove de julho. nesta data, há 81 anos, as pessoas acharam que tinham que lutar por seus direitos e pelo que achavam certo. lutar no sentido limite da palavra, com empenho da própria vida. 
que nos sirvam de exemplo.

 

Bandeira Paulista

Bandeira da minha terra
Bandeira das treze listas:
São treze lanças de Guerra
Cercando o chão dos Paulistas!
Prece alternada responso
Entre a cor branca e a cor preta:
Velas de Martim Afonso,
Sotaina do Padre Anchieta!
Bandeira de Bandeirantes,
Branca e rota de tal sorte,
Que entre os rasgões tremulantes
Mostrou as sombras da morte.
Riscos negros sobre a prata:
São como o rastro sombrio
Que na água deixava a chata
Das Monções, subindo o rio.
Página branca pautada
Por Deus, numa hora suprema,
Para que, um dia, uma espada
Sobre ela escrevesse um poema.
O poema do nosso orgulho
(eu vibro quando me lembro)
Que vai de nove de julho
A vinte e oito de setembro!
Mapa de Pátria Guerreira
Traçado pela Vitória:
Cada lista é uma trincheira;
Cada trincheira é uma glória!.
Tiras retas firmes: quando
O inimigo surge à frente,
São barras de aço guardando
Nossa terra e nossa gente.
São os dois rápidos brilhos
Do trem de ferro que passa:
Faixa negra dos seus trilhos,
Faixa branca da fumaça.
Fuligem das oficinas;
Cal que as cidades empoa;
Fumo negro das usinas
Estirado na garoa!
Pinhas que avançam; há nelas
Correndo num mesmo fito,
O impulso das paralelas
Que procuram o infinito.
É desfile de operários;
É o cafezal alinhado;
São filas de voluntários:
São sulcos de nosso arado !
Bandeira que é nosso espelho !
Bandeira que é nossa pista !
Que traz no topo vermelho
O coração do Paulista!

Guilherme de Almeida


12/05/2013

mãe(s)

pensava no dia das mães.
algumas postagens em redes sociais lembravam que a data é cara (com duplo sentido) às associações comerciais. verdade.

entretanto, também é verdade que, muito antes de surgir a atividade comercial (e, claro, a industrial), já se homenageavam as mães. de fato, se recorrermos à história, os primeiros registros de figura humana têm a mulher como tema - exatamente em sua função reprodutiva.
é o caso desta estatueta, a famosa vênus de willendorf, com cerca de 20.000 anos.

nossas células têm, basicamente, duas informações, dois comandos primevos:
a) sobreviva;
b) reproduza-se.

ao representar a mulher dessa forma, atribuimos a ela o cumprimento de uma das duas únicas coisas a que nos obriga a natureza neste mundo: gerar vida - seja de maneira fática, seja metafórica.

e, ao evoluir e demonstrar que ainda são capazes de atingir os mais altos postos dentro de nossa sociedade, as mulheres ainda podem se orgulhar disso: o fazem sem excluir, totalmente, suas funções biológicas.

só pensamos em mãe como supermulher porque, ao longo das eras, foi exatamente o que elas demonstraram ser. agora que sou pai e convivo com uma mãe pelo "lado de dentro" da geração e administração de uma vidinha, vejo o que é desdobrar-se fibra por fibra para ser integralmente quem você tem que ser e quem você deseja ser. há que se preocupar com o acesso de tosse noturna do moleque e com o texto a decorar para o ensaio; há que esperar o técnico da lavadora e pesquisar o menor preço de qualquer-coisa-na-internet. há que acarinhar o marido e olhar a comida dos cachorros.

calma! não fico parado olhando; faço tudo isso, também (exceto gestar  a vida dentro de mim), pois a coisa não está fácil para ninguém.

só que não sou mãe. e hoje é o dia delas.

beijando a mãe de meu filho (e adotiva dos cachorrinhos) e com o pensamento diário em minha querida e saudosa mãe, homenageio a todas as mães minhas amigas, irmã, cunhadas, avós e bisas, madrinha, tias, primas, professoras e demais chegadas a nós.

parabéns. vocês merecem.

13/03/2013

são judas e eu - uma história

oi!

aí vai um depoimento meu, sobre minha trajetória na universidade são judas tadeu, de são paulo. foi publicado, originariamente, pelo blog INTERCONECTADOS SÃO JUDAS.
para me assistir, CLIQUE AQUI.
acho legal a gente pensar em termos de "fazer parte de algo".

divirta-se!

08/03/2013

da série "essencial na arte"

vejo umas brincadeiras assim no facebook:
 
e sabe o que eu acho? ÓTIMO!!!
porque se alguém pensa, ainda que remotamente, em como-fazer-as-pessoas-apreciar-arte-e-assim-vivermos-todos-num-mundo-melhor-e-mais-evoluído (no que, em linhas gerais, eu acredito também), aí vai minha modesta sugestão: ninguém vai ter intimidade com algo que parece exigir que a gente esteja, sempre, em posição de sentido, com roupa-chique-de-domingo, cabelo penteado e cara fechada, pois a arte-é-algo-superior-e-que-impõe-respeito.
para que as pessoas se envolvam com a arte, de VERDADE, ela tem que fazer parte de nossas vidas. integralmente.
o que significa que a gente pode-deve ter a liberdade de brincar com ela, como faríamos com algo-alguém de que-quem gostamos muito.
 

26/02/2013

#fundaçãodasartesfaçoparte: CULTURA DE VERDADE, CULTURA DE MENTIRA

#fundaçãodasartesfaçoparte: CULTURA DE VERDADE, CULTURA DE MENTIRA: 25.02.2013 - Cartaz irregular fixado na parede externa da Fundação das Artes. O anúncio desrespeita a Lei Cidade Limpa. Neste domingo,...


VALE A PENA LER TODO O POST. trata-se de uma luta de resistência cultural, que está sendo travada, neste momento, em são caetano do sul.

19/02/2013

#fundaçãodasartesfaçoparte: A FUNDAÇÃO DAS ARTES NÃO É O ALCINA

#fundaçãodasartesfaçoparte: A FUNDAÇÃO DAS ARTES NÃO É O ALCINA: Quem mora e circula em São Caetano já sabe. Para quem conhece um pouco menos, vale explicar. “O Alcina” é a Escola Municipal de Ensino...

amiguinhos e amiguinhas, faço absoluta questão de expor essa luta em todas as frentes possíveis. saibam mais, acessando o blog acima.